
Um Blog sobre cultura, nerdices e todas as outras coisas que fazem a vida ser mais fácil
domingo, 4 de setembro de 2011
Análise: Amor A Toda Prova

sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Vídeo: Estréias da Semana 02/Setembro
Em Cartaz: Box Cinemas
O Homem Do Futuro
Em Cartaz: Box Cinemas e Cinespaço
Deu A Louca Na Chapeuzinho 2
Em Cartaz: Box Cinemas (Disponível em 3D)
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
BuildingHype: O Homem Do Futuro

quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Análise: O Rei Leão 3D

Desde aquelas primeiras notas gritadas em uma língua estranha dando o tom ao nascer do sol nos primeiros segundos do filme percebemos que os 17 anos que separam a primeira exibição desse filme até hoje, o impacto de uma das aberturas e uma das músicas mais icônicas do cinema não enfraqueceu absolutamente nada.
Afinal, a mistura de uma das melhores histórias de todos os filmes infantis, uma das melhores trilhas sonoras de todos os filmes (sem especificação) e personagens memoráveis e cativantes desde o primeiro momento nunca perderá a força. Muito pelo contrário. Depois de tanto tempo sem contato parece que o filme melhorou.
É com esse amadurecimento que aproveitamos ainda mais uma das melhores obras da Disney. Seja entendendo melhor algumas piadas e referências (quem lembrava que as hienas comandadas por Scar marchavam como nazistas?), seja realmente absorvendo os ensinamentos de Mufasa, um dos melhores pais do cinema, para seu filho Simba (aquele cena sempre foi emocionante daquele jeito?)
Com isso em vista não sei se seria um filme ideal para as crianças de hoje em dia, talvez seja um pouco violento em demasia para nossa sociedade atual super protetora baseada principalmente em Backyardigans e outros desenhos inofensivos do Discovery Kids. Mas é fato que todos os adultos devem as suas crianças internas um retorno ao mágico reino de Pedra Do Rei.
É claro que nada nesse mundo é perfeito, o 3D, embora realmente convincente em algumas cenas onde as coisas flutuavam, mal fazia diferença nas cenas mais importantes. E a escolha de mostrar apenas na versão dublada (pelo menos aqui em João Pessoa) é errônea já que, nesse caso extraordinário, o maior público são os adultos. Mas todos esses defeitos são mais que compensados com a oportunidade de ver o filme que mais marcou nossas infâncias em belíssima Alta Definição e completamente remasterizado.
2011 está sendo um ano fraco em animação, e talvez isso seja alguma forma involuntária de reverência à aparição do rei das animações. Não sei se isso é bom ou ruim, mas o filme mais emocionante desse ano, na verdade veio de 1994.
Veredito
Assistir O Rei Leão em 3D foi uma experiência emocionante e gratificante que ninguém deveria perder.
domingo, 28 de agosto de 2011
Análise: Planeta Dos Macacos A Origem

Planeta Dos Macacos A Origem foi um filme que não chamou muita atenção quando recebeu a luz verde e que aos poucos, a cada vídeo que saia, foi animando o público, e acabou como um dos grandes filmes do ano. Ninguém sabia que a história da origem do primeiro macaco super inteligente que acabaria mudando a história do planeta poderia ser tão interessante.
Durante o filme vemos toda a vida de César,desde sua infância e seu relacionamento com os personagens de James Franco (127 Horas) e John Lithgow (Dexter) até sua ascensão ao posto de líder da revolução dos símios.
Não só a inteligência e motivações do símio vão mudando e evoluindo ao decorrer de sua vida, como também nossa reação ao mesmo. Na primeira parte do filme, onde vemos sua criação em um lar humano e toda sua ingenuidade de criança, nós ficamos literalmente apaixonados pelo jovem césar e nos divertimos muito vendo sua peripécias.
Conforme ele vai crescendo e ganhado forma e força, ele é obrigado a sair da casa dos “pais” e vai para um lar, onde é maltratado. Nesse momento sentimos empatia, entendemos sua dor e sentimos pena, por alguns minutos é até possível torcer pelo fim da humanidade e supremacia dos macacos.

Então ele decide começar sua revolução. E quando vemos como ele entende a violência da sociedade em que é forçado a viver e começa a subir nos ranks entre os macacos e planejar a sua fuga, toda a nosso amor muda, e sentimos medo. Medo de suas feições que vão ficando cada vez mais sinistras e mostrando emoções sempre mais complexas. Medo do que ele pode, e irá, fazer.
Toda a fantástica história é muito bem reforçada pela tecnologia por trás dos macacos. Andy Serkis (O Senhor Dos Anéis), um dos atores mais especializados em captura de movimentos empresta os seus gestos e expressões ao macaco e tudo é muito bem refeito em imagens computadorizadas muito realistas. Quando lembrei que aqueles animais eram, na verdade, pessoas em trajes especiais percebi como o resultado é literalmente assustador.
Planeta Dos Macacos A Origem é um presente pra quem quer um bom filme de ação, pra quem quer uma boa história, ou pra quem é fã da série (e pra esses tem várias referências divertidas de presente). É a 20th Century Fox, considerada uma das maiores culpadas pela imbecilização dos blockbusters, mostrando que aprendeu a lição.
A única dúvida que resta ao final do filme é se a academia do oscar está moderna o suficiente para reconhecer, com uma indicação à melhor ator, um ótimo trabalho de captura de movimentos.
Veredito:
Assistir a ascenção do chimpazé César foi umas das coisas mais impressionantes que vi no cinema esse ano e não tenho medo de dizer isso.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Vídeo: Estréias Da Semana 26/Agosto
domingo, 21 de agosto de 2011
Análise: Lanterna Verde

Lanterna Verde (Green Lantern, 2011) esse ano foi sem dúvida um dos filmes com alto nível de expectativa mais escrachados pela crítica e público. Foi tido por muitos como uma das piores adaptações da era moderna de grandes personagens dos quadrinhos, e a reação dos fãs pode ser vista na péssima arrecadação nos cinemas americanos.
Tudo isso fez com que minhas expectativas, que ficaram muito altas depois do vídeo mostrado na feira nerd WonderCon, fossem mais uma vez rebaixadas. Por isso, cheguei no cinema com uma estranha sensação de amor e ódio. Um lado sabia que seria uma péssima experiência baseado no que aparentemente todo mundo vem achando (a média do filme no Metacritc é 39 de 100), e outro lado ainda esperava que algo bom sairia dali.
Sentei no cinema e quando o filme começou me encontrei tensamente esperando chegar a parte ruim. Imagine a minha surpresa quando as luzes acenderam e ela não apareceu.
O filme, claro, está longe de ser perfeito. Podemos perceber que a edição foi terminada as pressas e o roteiro poderia ser melhor. Mas todas as falhas e o mal desenvolvimento de alguns personagens estão longe de serem os erros fatais que algumas pessoas disseram.
Ryan Reynolds (Enterrado Vivo) como Hal Jordan foi uma boa escolha, e Peter Sarsgaard (Soldado Anônimo) está ótimo como o vilão Hector Hammond, que deveria ser o único do filme. Quanto aos outros membros da tropa dos lanternas, Geoffrey Rush (O Discurso Do Rei) e Michael Clarke Duncan (À Espera De Um Milagre) fazem um bom trabalho e se encaixam como uma luva em seus personagens. Pena que só ouvimos suas vozes e muito pouco. Mark Strong (Sherlock Holmes) como Sinestro está beirando a perfeição, como é comum com o ator, mais um que podia ter aparecido bem mais. Só Blake Lively (Gossip Girl) como Carol Ferris pareceu uma escolha duvidosa, mas nada de mais.
Outra coisa que tenho que falar são os efeitos especiais. Pode-se reclamar do que quiser no filme, mas os efeitos especiais estão maravilhosos, de longe os melhores do ano e sem dúvida figurando entre os melhores dos últimos tempos. O plano de Hal Jordan com o sol como fundo é simplesmente lindo.
Talvez por causa dos ótimos efeitos o planeta de Oa, central da tropa, e todas as outras cenas que mostram o nicho mais extraplanetário da trama estão bem melhores que as partes que se passam na terra. O que deixa lugar para expectativas para as continuações, que com certeza, investirão mais nessa parte.
Lanterna Verde pode não ser um dos melhores filmes de super-herói da nossa geração. Mas não deixa de ser um filme bom. Não percam as esperanças pois as continuações com certeza serão bem melhores e a série tem muito potencial. Afinal, nos quadrinhos, Lanterna Verde está entre os melhores.
Veredito:
Pareço estar sozinho nessa, mas gostei do filme, e muito.
sábado, 20 de agosto de 2011
Análise: Professora Sem Classe

Dito isso, Professora Sem Classe (Bad Teacher, 2011) pode não ser original, mesmo sua temática mais adulta se perde dentre todas as outras comédias do ano, mas consegue tudo o que as comédias almejam: fazer rir.
Aqui, Cameron Diaz, que está chegando perto das quatro décadas de existência mas tem ainda muito oferecer (como faz questão de mostrar na cena do lava-jato), faz a professora Elizabeth Halsey, tudo o que uma educadora não deveria ser. Em busca de um marido rico que pague sem reclamar pela vida que ela acha que merece, ela culpa seu fracasso nos seus peitos de tamanho médio e busca, de toda forma possível, os caros implantes de silicone.
O elenco de apoio é simplesmente incrível. Jason Segel, da famosa série How I Met Your Mother, faz o professor de ginástica apaixonado por Elizabeth. E temos várias participações, mesmo que pequenas, de rostos conhecidos da televisão, propagandas e outros lugares. Destaque para John Michael Higgins, coadjuvante de luxo de diversas sitcoms como o diretor do colégio, Jerry Lambert, o ótimo garoto propaganda do Playstation e Eric Stonestreet, em um papel completamente oposto àquele que o fez famoso em Modern Family.
Mas os melhores atores nesse elenco secundário são sem dúvida Justin Timberlake, saindo de seus papeis de garotão mais óbvios para um papel de um puro imbecil (prepare-se para morrer de rir na cena de sexo), e Lucy Punch como professora rival e completo oposto da protagonista.
A única parte sem graça dos personagens coadjuvantes são as crianças, que não passam dos clichês clássicos de todo filme de escola. Temos a patricinha versão miniatura de Cameron Diaz, o garoto sensível aspirante a poeta, a CDF que faz tudo pra agradar os professores, e a boa adição de um sósia mirim de Robert Pattinson, carinhosamente apelidado de “Twilight”.
Com esse bom elenco de apoio e um papel bastante diferente para Diaz, a motivação estapafúrdia da trama acaba se tornando palpável, o que resulta em boas e longas risadas.
Os clichês do final ainda estão lá, na forma das lições aprendidas e epifanias puritanas, mas a personagem, felizmente, continua a mesma mulher perigosa com olhar de ressaca e Louboutins destruídos em cima da mesa. As lições foram aprendidas, mas as atitudes não mudaram.
Veredito:
Ótima comédia, garantia de boas risadas. Definitivamente recomendo. Mas não espere nada revolucionário.
Vídeo: Estréias Da Semana 19/Agosto
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
O Tal João de Santo Cristo
Com isso, de importante só tá faltando o Jeremias (Felipe Abib) aquele que se dizia crente mas que não sabia rezar.





Não sei vocês mas vendo essas fotos sempre dá pra escutar na cabeça: "Não tinha medo o tal João de Santo Cristo, era o que todos diziam quando ele se perdeu (...)"
domingo, 14 de agosto de 2011
Dia Dos Pais

Ah, a paternidade, que coisa mágica. É o sonho de todo o homem, mesmo que ele não queira admitir, virar um pai.
Adam Sandler é um dos poucos homens que teve a dádiva de ser pai de diferentes crianças, uma penca de cada vez, praticamente todo ano. Ele é, sem dúvida o pai mais famoso do cinema, e uma boa parte dessa fama se dá a constante repetição do filme O Paizão todo o ano no dia dos pais.
Ele já foi tanto literalmente pai (Gente Grande e Click) como serviu de figura paterna pra o filho dos outros (O Paizão, Um Faz de Conta que Acontece) e a coisa mais incrível que notamos foi que, independente das chances e das diferentes personalidades que ele e as crianças encarnam, ele nunca conseguiu ser bom nesse negócio de educar. Mas é claro que sempre, no final do filme, percebemos que ele aprendeu a lição e agora vai ser um pai presente e perfeito, é o milagre do texto mal escrito.
Essa é a minha homenagem pra todos os homens que, como Adam Sandler, são pais, digamos, diferentes. Porque, afinal, ser pai é mimar os seus filhos com água importada, mexer com o futuro deles usando um controle do universo, ensinar os pirralhos a amassar as latas para pagar menos no supermercado, contar histórias de ninar que podem acabar te matando e todas essas outras coisas que todo o bom pai faz.
Um feliz dia dos pais, de Robson Travassos.
sábado, 13 de agosto de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 17
Batman O Cavaleiro Das Trevas (The Dark Knight, 2008) de Christopher Nolan

Creio que criei uma expectativa muito alta para o final da minha lista, muitas pessoas falaram que não conhecem boa parte dos filmes, o que pode (não intencionalmente) ter dado um ar muito cult a lista. Principalmente na chegada do top 5, que praticamente não tinha blockbusters ou filmes de marca.
Veja o segundo lugar por exemplo, O Curioso Caso de Benjamin Button, quem me conhece e conhecer as minhas preferencias cinematográficas sabe que esse filme tem tudo o que eu gosto em um filme. Uma história longa, fantástica e bem amarrada, escrita e contada; feito pelo meu diretor preferido, David Fincher; estrelado por um ator que gosto muito, Brad Pitt; e pela melhor atriz de todos os tempos (pra mim, que fique claro), Cate Blanchett.
Realmente Benjamin Button tem de tudo para ser meu filme preferido de todos os tempos, e muitas vezes já me perguntei por que não é. Sinceramente seria uma resposta bem mais impressionante à pergunta “Qual seu filme preferido?”
Mas algo aconteceu, algo naquele coringa, algo naquela cidade altamente real e tangível, algo naquela montagem onde várias coisas acontecem ao mesmo tempo e resultam em grandes eventos dentro do filme, e grandes cenas. Algo aconteceu que fez o pequeno nerd que mora dentro de mim chorar de felicidade e pura admiração.
Realmente, eu assisti esse filme um total de 11 vezes, pode ser pouco para alguns viciados em um filme só, mas foi o que o meu filme mais assistido. Vale salientar que 5 dessas vezes foram enquanto ainda estava no cinema.
Eu sinceramente não consigo explicar porque esse filme esta no topo, nem tenho argumentos para dizer que ele é melhor que muitos dessa lista, mas simplesmente é. Christopher Nolan falou comigo e com todos os nerds quando fez o favor de criar a melhor adaptação de quadrinhos e o melhor filme de super-herói de todos os tempos, não podemos agradecer.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Artigo: os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 16
O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case Of Benjamin Button, 2008) de David Fincher

Poesia pode ser caracterizada e reconhecida facilmente pela formatação em versos e com rimas na qual elas geralmente se encontram, mas eu gostaria de tentar trazer uma nova definição para o substantivo, uma mais, digamos, subjetiva.
Para mim, poesia não tem necessariamente que vir em versos, muitos poemas vem carregados de praticamente nenhum valor artístico. Poesia para mim tem a ver com a inspiração, não só com a qual ela foi feita, mas a inspiração que ela da as pessoas que a presenciam.
Poesia para mim tem a ver com o sentimento que vc experiência ao termina-la. Você fica mais solene? Mais feliz? Mais triste? Não importa o que vc senta, o que importa é sentir alguma coisa. E nesse sentido poesia não é exclusivo da literatura. Nesse sentido, poesia pode estar em tudo, desde músicas a jogos.
E um bom exemplo de uma poesia no cinema é O Curioso Caso de Benjamin Button.
David Fincher já havia se provado um grande diretor quando fez incríveis filmes de suspense como Clube Da Luta e Seven, mas nesse filme, ele não só sai da própria sombra, como bota uma nova luz na sua carreira.
O seu traço meticuloso e cuidadoso ainda está presente, mas esse filme se diferencia por não ser pesado, tanto no tema quanto nas cenas. Certamente não é para todos, mas se aproxima bem mais de um filme “light”.
Na história, Benjamin Button nasceu sob circunstancias estranhas, ele começou a vida como um senhor idoso, e com os anos foi rejuvenescendo. O filme o acompanha na sua jornada, desde quando venceu a cadeira de rodas onde vivia até o momento em que perdeu a mente e o corpo para a velhice mental e a juventude física.
Toda a vida de Benjamin Button, interpretado belamente por Brad Pitt, está ao redor de sua amada, interpretado por Cate Blanchett num dos melhores papéis da sua vida.
Benjamin Button é uma experiência, um filme que todo o filme almeja ser, não é a toa que a Criterion Collection, empresa americana encarregada de fazer edições de luxo em DVD e Blu-Ray dos mais variados clássicos antigos, lançou sua edição de Benjamin Button imediatamente depois de sua saída dos cinemas.
Abaixo, a última cena do filme, provando a beleza da obra, aos preocupados, não temos spoilers:
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 15
Magnólia (Magnolia, 1999) de Paul Thomas Anderson

Paul Thomas Anderson faz desse filme, seu dúvida o seu trabalho mais conhecido, um belo discurso sobre o acaso e sobre a simplicidade dos tons de cinza que existe nas relações humanas.
A história já é, por natureza, difícil de ser contada, existem muitos personagens e todos eles merecem ter suas histórias expostas e trabalhadas. Temos de tudo, desde um orador motivacional que ensina homens com baixa auto-estima a dominar as mulheres interpretado por Tom Cruise, até uma ex-estrela mirim que virou um adulto homossexual que tenta mudar sua aparência para agradar o homem que admira mas não conhece interpretado por William H Macy, passando por um enfermeiro cuidando de um velho moribundo interpretado por Philip Seymour Hoffman.
Todos esses personagens estão ligados entre si no melhor estilo novela das oito, e sempre amarrados a uma ótima atuação dos seus representantes. Tudo isso sob o pulso firme de Paul Thomas Anderson.
Quando falo de Magnólia tenho que falar da direção, simplesmente uma das melhores que já vi, Anderson controla sua câmera magistralmente, ele nos tira do chão e nos faz flutuar, enquanto nos pega na mão e se faz de guia numa jornada que nos leva do riso ao choro.
É um talento de poucos diretores fazer um segmento de mais de 30 minutos de momentos de pura tensão, com uma música tensa tocando no fundo sem parar, e conseguir fazer isso sem cansar o expectador, fazendo com que a longa duração de mais de 3 horas do filme passe num piscar de olhos.
Se você me perguntar daqui a alguns anos como seria a lista de 50 melhores filmes no momento, ela pode ser completamente diferente, mas Magnolia e o próximo filme que está por vir, tem seus lugares garantidos no topo.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 14
Clube da Luta (Fight Club, 1999) de David Fincher

Mais um filme de David Fincher na lista dos 50 melhores, essa é sem dúvida a sua obra mais famosa, embora essa fama possa não vir de uma coisa lá muito boa. Foi numa sessão desse filme, em um local que não me lembro no momento, que um jovem entrou com uma arma e atirou nos presentes.
Esse incidente, já foi comprovado, não tinha relação com o filme, a escolha da sessão havia sido coincidência, mas, a memória da humanidade pode ser tão dura quanto longa, e, não só no brasil como no resto do mundo, o filme recebeu críticas mornas e foi um fracasso de bilheteria.
Mas, mais tarde naquele mesmo ano, as pessoas, por algum motivo que me escapa, passaram a perceber a genialidade do filme. O filme passou a figurar em várias listas de melhores do ano, e a Entertainment Weekly, que o havia dado um D- ranqueou seu DVD como o número um na sua lista de imperdíveis.
Toda essa bagunça e mudança de opiniões contribuíram para que o filme ganhasse um status de Cult, afinal, não era pra menos, um filme sobre um trabalhor com insônia que passa a substituir suas terapias (que já eram controversas) por sessões de pancadaria com um amigo que conheceu no avião, e essa empreitada, até certo ponto inocente, se transforma em algo tão maior que na metade do filme, quando você lembra onde tudo começou, fica difícil acreditar na viagem feita pelo nosso protagonista, chamado apenas de Narrador.
Com um elenco estrelado, Edward Norton, Helena Bonham Carter e o já parceiro do diretor Brad Pitt. O filme é um prato mais que cheio para quem gosta de uma trama, inteligente, irônica e simplesmente pirada, fruto do trabalho conjunto do escritor do livro que serviu de inspiração, Chuck Palahniuk e do genial diretor David Fincher.
Abaixo, uma das cenas mais famosas do cinema, que está no final do filme, pra quem não assistiu, não vai estragar a grande reviravolta, mas não indicaria ver:
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 13
5º Lugar
Fonte Da Vida (The Fountain, 2006) de Darren Aronofsky

Também presente nessa lista com Requiem Para Um Sonho no 19º lugar, Aronofsky, um dos melhores e mais diferenciados diretores de hoje em dia nos entrega nessa linda história de amor, seu conto mais bonito e intimista, e, sem dúvida, pelo menos para mim, o melhor filme de sua carreira.
O diretor ficou mais conhecido esse ano com sua indicação a melhor diretor com o filme Cisne Negro que também recebeu uma indicação à melhor filme e deu o prêmio de melhor atriz para Natalie Portman.
Porém, essa não foi a primeira vez que o diretor arrancou ótimas atuações dos atores de seus filmes, a história de Fonte Da Vida não seria tão impactante se não fosse pelas performances de Hugh Jackman e Rachel Weisz.
A história se passa em três partes, no presente, onde um médico (Jackman) se esforça ao máximo e obtém bons resultados na busca pela cura do câncer pois sua esposa (Weisz) sofre da doença e está em estado terminal. No passado, dentro do livro escrito pela esposa do médico, o mesmo casal se encontra novamente, dessa vez ela como uma rainha e ele como seu principal cavaleiro e amor da sua vida, ambos na busca pela fonte da juventude. Já no futuro, vemos a viagem solitária do mesmo médico, que atingiu a imortalidade por intermédio da arvore e agora viaga pelo espaço em busca da estrela que representava o além para os maias.
A história foi duramente criticada pelo público por ser viajada demais, o que resultou com o fracasso do filme nas bilheterias, porém, aos olhos do diretor essa crítica era indevida, pois, como ele mesmo disse, não é nada mais do que uma simples história de amor.
E o amor se mostra em todos os aspectos do filme, até mesmo na direção, o diretor, na época casado com Weisz, faz questão de usar cada ângulo e cada segmento como uma declaração de amor a sua amada, que em troca, da uma incrível interpretação.
E assim fica fonte da vida, como tantas outras obras, incompreendida. Talvez quando Aronofsky morrer o filme receba o status de clássico que merece.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 12
Filhos Da Esperança (Children Of Men, 2006, de Alfonso Cuaron)

Um bom exemplo do que é tirar leite de pedra, o livro original, uma das obras mais chatas em que já pus as mãos, se tornou, nas mãos de Alfonso Cuaron, uma das mais fantásticas obras cinematográficas que conheço.
Na história, um futuro destópico, onde a raça humana não consegue mais se reproduzir. 18 anos atrás nasceu o último homem, e desde aquele momento ninguém mais consegue engravidar. Com a humanidade em terror por causa do iminente fim da sua raça, a população se comove mais ainda com a morte de Pequeno Diego, o ser humano mais jovem do mundo, que foi assassinado por um fã, quando se recusou a dar um autógrafo.
É nessa situação que Theo (Clive Owen) e sequestrado por sua ex-namorada e se mete numa missão praticamente suicida, ele deve levar a primeira mulher grávida desde que a humanidade ficou infértil para um instalação médica que deseja estuda-la e possivelmente salvar a humanidade, o problema é que todos querem por as mãos nessa garota, o governo, a igreja, empresas privadas, todos.
Cuaron faz uma coisa simplesmente fantástica nessa filme. Em várias cenas, a grande maioria muito dramáticas, ele filme com apenas uma tomada, com apenas uma câmera. Já é difícil filmar um cenário de guerra com várias câmeras e ângulos diferentes, com apenas uma é mais difícil ainda. Isso resulta em cenas mais reais e de fácil relacionamento. Fica muito mais crível ver alguém de perto com tudo explodindo ao seu redor, do que ver as explosões em detalhe e ter de se esforçar para encontrar os personagens.
Uma das maiores injustiças do oscar, foi não indicar Filhos da Esperança à vários prêmios, para ficar nos mais óbivios, deveria ter sido indicado para melhor diretor, melhor filme, melhor ator (clive owen), melhor atriz coadjuvante (julianne moore), melhor ator coadjuvante (michael caine) e melhor roteiro.
Abaixo, o trailer.
A Seguir: O Top 5!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 11
Watchmen (2009, de Zack Snyder)

Zack Snyder poder ter seu posto de diretor visionário como dito no trailer contestado, mas uma coisa é verdade, ele sabe cuidar de nós, nerds. Parece que todos os seus filmes foram feitos sob medida para agradar esse grupo de pessoas com incrível capacidade comercial, mas mesmo assim capaz de agradar aqueles que estão vendo o material pela primeira vez.
Foi dele o remake de Madrugada Dos Mortos, originalmente de George A Romero, que foi um dos melhores filmes de zumbis dos últimos anos, e depois ele partiu pra incrível adaptação da minissérie em quadrinhos 300, sobre a guerra entra persas e espartanos.
Ele deu um passo a frente em Watchmen, se antes tudo o que nós fãs queríamos estava lá, com apenas algumas mudanças para agradar ao resto do público, nesse filme, só o que nós queríamos estava lá.
Snyder tomou a difícil decisão de pegar a história em quadrinhos mais famosa e tida por muitos como a melhor aventura já feita para a banda desenhada e transformá-la em um fantástico filme, muito fiel ao material original, feito só pra nós, os fãs.
Tanto que quem não conhece a história ou não se interessa em se aprofundar muito provavelmente não vai gostar, mas quem leu e gosta do livro de Alan Moore (como eu) vai ficar estupefato com a riqueza de detalhes com a qual o filme foi feita.
Snyder também tomou outra decisão difícil, não aumentou nem adicionou às poucas cenas de ação presentes na história original, mas usou tudo o que aprendeu para fazer com que elas, mesmo sendo raras, sejam momentos grandiosos. Afinal, o grande trunfo de watchmen é pegar todo o conceito da existências de super-heróis e baixar para o nível mais real e podre possível, com uma história bastante sombria de uma terrível conspiração.
Watchmen é um filme de super herói para adultos, e adultos de preferência nerds. Pena que foi o primeiro filme de Snyder a fracassar, mas já virou cult, e qualquer fã do gênero tem que assistir.
A Seguir: 6º Lugar
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 10
Série O Senhor Dos Anéis (2001, 2002, 2003, de Peter Jackson)

Eu sinceramente não tenho o que dizer sobre essa fantástica série cinematográfica. O livro que sozinho, revolucionou tudo o que sabíamos sobre obras de fantasia se tornou a série de filmes que revolucionou o mesmo gênero num outro âmbito.
A história: O vilão, Sauron, cria o “Um Anel”, objeto bastante poderoso que é disputado por todos, e a maioria sem motivações nobres. O pequeno Hobbit Frodo é escolhido para, com a ajuda de alguns colegas, e do seu mentor e grande amigo Gandalf, para levar o um anel para o único lugar onde ele pode ser destruído, o lugar onde ele fora criado, as montanhas de Mordor. Mas para chegar lá, terão que enfrentar as tropas de orcs de Sauron.
Essa história que durou três filmes extremamente longos, foi sem dúvida, a coisa mais épica que o cinema viu na década. Se você é daqueles cinéfilos que se sente em desvantagem pois não estava vivo para ver no cinema os grandes momentos da história, como o primeiro rugido do primeiro King Kong, ou ver a cara da lua depois de levar uma bala no olho, agora pode se gabar que viveu para ver algo tão grandioso quanto isso, que será igualmente lembrado por muitas gerações a seguir.
Claro que tenho que falar nos personagens, o jovem Frodo, herói de muitos nerds ao redor do mundo; o sábio Gandalf, velho mas ainda fantástico; Aragorn de Viggo Mortensen que nesse papel provou que veio para ficar com o título de um dos melhores atores vivos; O divertidíssimo Gimli; o incrível Legolas, único papel respeitável de Orlando Bloom, e a maestria e beleza dos Elfos Galadriel e Elrond, respectivelmente, a perfeita Cate Blanchett e Hugo Weaving.
O Senhor Dos Anéis O Retorno do Rei teve a honra de ser um dos poucos filmes a ganhar nada menos que 11 oscars; A série todo ganhou vários títulos e todos merecidos, e agora, adicionam mais um honra a lista, esta consideravelmente menor, a de ser a única série de filmes no Top 10 da minha lista.
Gostaria de ter colocado um belo vídeo com a canção de Pippin, sem spoilers, mas o maldito Youtube raramente permite incorporação de cenas de filmes, mas você ainda pode ver aqui (clique). Então, mais um vez, fique com o trailer.
A Seguir: 7º Lugar
Artigo: Os 50 Melhores Filmes da Minha Vida Parte 9
V de Vingança (V for Vendetta, 2006, de James Mcteigue)

V de Vingança é um típico filme em que os produtores chamam mais atenção para a obra do que o diretor. Embora James McTeigue seja muito bom e talentoso, o filme teve o seu hype todo em volta do fato de que era o próximo filme dos Irmãos Wachowski, os diretores da trilogia Matrix, que só produziam esse.
Na história, um herói (que poucos sabem que é) transexual numa Inglaterra em um futuro terrível tenta derrubar o governo que o traiu e torturou ao mesmo tempo que tenta abrir os olhos das pessoas para os benefícios da anarquia. E tudo isso usando uma mascará bem icônica e muitos explosivos.
É um daqueles filmes que tem como herói uma pessoa que, numa análise fria, seria um vilão, afinal estamos falando de um terrorista anarquista, que destrói vários prédios históricos e assassina várias personalidades e estadistas, tudo em nome não da vingança sozinha, mas também da justiça.
Chama a atenção por ter cenas grandiosas, efeitos especiais incríveis e ótimas cenas de ação. Mas ele também prova que, as vezes, simplesmente uma edição com cortes inteligentes e ágeis vale mais do que milhões em efeitos especiais mal colocados.
Outra coisa que faz de V de Vingança um filme inesquecível são as frases, é muito fácil, depois de ter assistido, você passar alguns recitando as falas mais poderosas, sejam elas já existentes na cultura inglesa, como o poema de Guy Fawkes, ou as originais que carregam a mesma quantidade de dramaticidade.
Gostaria de ter colocado uma das cenas mais poderosas do filme, que quem não assistiu não teria (muito) com o que se preocupar, mas diria que é melhor evitar, porém a incorporação estava desativada, você ainda pode (e deve) ver aqui (clique). Então, fique com o trailer abaixo.
A Seguir: 8º Lugar
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 8
Amnésia (Memento, 2000, de Christopher Nolan)

Christopher Nolan é hoje muito famoso por fazer os ótimos novos filmes do Batman, e por contar histórias fantásticas e extremamente inusitadas e inesquecíveis com O Grande Truque e A Origem.
Mas ele já costumava contar essas histórias imprevisíveis antes de ficar rico e passar a fazer filmes com centenas de milhões de dólares. E Amnésia é prova disso.
A história de um homem que perdeu a memória quando bateu a cabeça tentando salvar a mulher que estava sendo estuprada e assassinada. Agora, incapaz de produzir memórias novas, a última coisa que ele lembra é o resto de sua mulher enquanto morria. Então ele parte numa busca, com a ajuda de alguns colegas, para encontrar o homem que fez isso e mata-lo.
Mais interessante ainda, é que o filme já começa com o protagonista achando o assassino e o matando, e segue, segmento por segmento de tudo o que ele faz e esquece, de trás pra frente. Você poderia pensar que assim não teríamos surpresas, mas reviravoltas não faltam durante o filme.
Tudo isso resulta em uma incrível experiência cinematográfica, mais inesquecível que os últimos filmes de Nolan. Sem dúvida é um filme imperdível.
Abaixo, um pedaço divertido, que mostra como os segmentos que compõe o filme funcionam, não se preocupem com spoilers.
A Seguir: 9º Lugar
domingo, 10 de julho de 2011
Artigo: Os 50 Melhores Filmes Da Minha Vida Parte 7
15) O Sol De Cada Manhã (The Weather Man, 2005, de Gore Verbinski)

Antes de Nicolas Cage se tornar um ator inconstante e imprevisível, com um gosto peculiar para filmes péssimos, ele era um bom ator. E prova isso na história do homem do tempo tentando lidar com os seus vários problemas familiares. Acho fantástico que Nicolas Cage, Michael Caine e Gore Verbinski conseguiram tempo e vontade para fazer um projeto desses quando estavam no meio das maiores séries de suas carreiras. Respectivamente A Lenda Do Tesouro Perdido, A série Batman de Christopher Nolan e a primeira trilogia de Piratas Do Caribe.
14) O Escafandro E A Borboleta (Le Scaphandre et le Papillon, 2007, de Julian Schnabel)

A história do editor da revista Elle francesa, rico e famoso, que perde o controle de todo o seu corpo menos o de um olho. E mesmo assim tenta viver a sua vida, com a ajuda de enfermeiras e amigos. O tempo ocioso provou que ele tem bastante talento poético, e a direção de Julian Schnabel acompanha perfeitamente, usando imagens aparentemente aleatórias para ilustrar os pensamentos errantes do autor. Ele estava preso no seu corpo, que era o escafandro, mas sua mente voava como uma borboleta.
13) Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941, de Orson Welles)

Uma das maiores histórias do cinema, e um dos maiores mistérios do cinema, afinal o que é Rosebud? E o que faz dele/dela/disso tão importante para “o homem que tinha tudo” que sua última palavra foi justamente seu nome? Passamos o filme inteiro vendo sua história ser contada por relatos de amigos e flashbacks para somente no último quadro entendermos, se fomos rápidos o suficiente, o porque de tudo aquilo.
12) Série Hannibal (1991, 2001, 2002, de Jonathan Demme, Ridley Scott e Brett Ratner)

A história de um dos maiores vilões do cinema de todos os tempos, e uma grande atuação de Anthony Hopkins, o famoso psicanalista com uma foma bem requintada e extravagante. Seja ajudando a encontrar outros bandidos, ou brincando ele mesmo com o FBI todos esses filme merecem ser assistidos.
11) Série O Poderoso Chefão (1972, 1974, 1990, de Francis Ford Coppola)

Cada um tem o seu filme preferido da série. Seja o segundo onde Michael mostra a que veio, seja no primeiro onde Marlon Brando nos entregava uma das grandes atuações do cinema, seja até mesmo o terceiro, afinal, cada louco tem sua mania. Mas ninguém pode negar que se trata de um dos maiores eventos cinematográficos que o cinema já viu, e ninguém pode negar.
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