
Lanterna Verde (Green Lantern, 2011) esse ano foi sem dúvida um dos filmes com alto nível de expectativa mais escrachados pela crítica e público. Foi tido por muitos como uma das piores adaptações da era moderna de grandes personagens dos quadrinhos, e a reação dos fãs pode ser vista na péssima arrecadação nos cinemas americanos.
Tudo isso fez com que minhas expectativas, que ficaram muito altas depois do vídeo mostrado na feira nerd WonderCon, fossem mais uma vez rebaixadas. Por isso, cheguei no cinema com uma estranha sensação de amor e ódio. Um lado sabia que seria uma péssima experiência baseado no que aparentemente todo mundo vem achando (a média do filme no Metacritc é 39 de 100), e outro lado ainda esperava que algo bom sairia dali.
Sentei no cinema e quando o filme começou me encontrei tensamente esperando chegar a parte ruim. Imagine a minha surpresa quando as luzes acenderam e ela não apareceu.
O filme, claro, está longe de ser perfeito. Podemos perceber que a edição foi terminada as pressas e o roteiro poderia ser melhor. Mas todas as falhas e o mal desenvolvimento de alguns personagens estão longe de serem os erros fatais que algumas pessoas disseram.
Ryan Reynolds (Enterrado Vivo) como Hal Jordan foi uma boa escolha, e Peter Sarsgaard (Soldado Anônimo) está ótimo como o vilão Hector Hammond, que deveria ser o único do filme. Quanto aos outros membros da tropa dos lanternas, Geoffrey Rush (O Discurso Do Rei) e Michael Clarke Duncan (À Espera De Um Milagre) fazem um bom trabalho e se encaixam como uma luva em seus personagens. Pena que só ouvimos suas vozes e muito pouco. Mark Strong (Sherlock Holmes) como Sinestro está beirando a perfeição, como é comum com o ator, mais um que podia ter aparecido bem mais. Só Blake Lively (Gossip Girl) como Carol Ferris pareceu uma escolha duvidosa, mas nada de mais.
Outra coisa que tenho que falar são os efeitos especiais. Pode-se reclamar do que quiser no filme, mas os efeitos especiais estão maravilhosos, de longe os melhores do ano e sem dúvida figurando entre os melhores dos últimos tempos. O plano de Hal Jordan com o sol como fundo é simplesmente lindo.
Talvez por causa dos ótimos efeitos o planeta de Oa, central da tropa, e todas as outras cenas que mostram o nicho mais extraplanetário da trama estão bem melhores que as partes que se passam na terra. O que deixa lugar para expectativas para as continuações, que com certeza, investirão mais nessa parte.
Lanterna Verde pode não ser um dos melhores filmes de super-herói da nossa geração. Mas não deixa de ser um filme bom. Não percam as esperanças pois as continuações com certeza serão bem melhores e a série tem muito potencial. Afinal, nos quadrinhos, Lanterna Verde está entre os melhores.
Veredito:
Pareço estar sozinho nessa, mas gostei do filme, e muito.
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