O grande sucesso de 2007 Tropa de Elite deixou muita gente chocada, a atitude badass, bandido-bom-é-bandido-morto foi tida como novidade para muitos, filmes violentos já eram comum no cinema nacional, vide Carandiru e Cidade de Deus, mas pela primeira vez a violência era mostrada do lado certo da lei, com o Batalhão de Operações Especiais subindo o morro e matando toda sorte de traficante.
3 anos se passaram e Tropa de Elite voltou, e posso dizer que o filme não poderia ter tomado rumo mais inusitado.
Fato: a segunda aventura de Capitão (agora Tenente-Comandante) Nascimento é muito menos violenta e trás menos ação, a primeira cena pode levar a crer no contrário, mas não se deixe enganar, as grandes batalhas deste filme são travadas com palavras.
Como diz o subtítulo o inimigo agora é outro, e também é a forma de combatê-lo, Tropa 2 deixa os morros e parte para os prédios públicos do governo do Rio de Janeiro, se no primeiro filme o vilão era o traficante conhecido como o Baiano, na sequência Deputados e até o Governador entram como antagonistas.
Nascimento saiu do Bope, mas isso não funcionou e ele teve que voltar, agora no comando ele e Capitão André Mathias entram para cuidar da situação caótica que tomou conta da penitenciária de segurança máxima Bangu I, lá, eles fazem o que sabem melhor, atiram primeiro e perguntam depois. Quem não gosta desta atitude é Fraga, ativista dos direitos humanos e maior crítico do BOPE.
Em ano de eleição uma matança num presídio é catástrofe, e o governador queria que alguém pagasse por isso, como a população está do lado de Nascimento, este foi promovido para Sub-Secretário de Segurança, responsável por todas as escutas, sobrou para Mathias que foi expulso do BOPE e voltou para a polícia militar. Enquanto isso, Fraga é eleito deputado, junto com o Secretário de Segurança e o âncora de um programa de televisão de muito sucesso ao estilo Datena.
Em seu novo cargo, nascimento leva a Tropa de Elite a patamares nunca antes alcançados. A Tropa se transformou numa máquina de guerra que eliminou o tráfico em quase toda a zona oeste do rio, mas em vez de acabar com a corrupção, isso só fez os policiais corruptos perceberem que eles podem ganhar muito mais do que aquela "mesada" dos traficantes se eles tomassem conta da comunidade, criando assim as Milícias, que receberam apoio dos governantes que gostavam dos votos que viam das áreas dominadas.
O que o filme perde em ação, ganha em história. É claro que Nascimento não pode simplesmente juntar um grupo e atirar na cara do governador, todas as cenas de ação do filme juntas devem ser do mesmo tamanho dos primeiros minutos do primeiro filme. Esse filme também não tem tantas partes que podem se tornar bordões do povo brasileiro como no primeiro, com exceção de algumas frases exageradíssimas como "Cada cachorro que lamba sua caceta", "Quer me foder, me beija" e "Ele se acha o pomba das galáxias" duvido que a juventude fique repetindo frases do filme incansavelmente Brasil afora como foi no primeiro.
Embora possa estar exagerando e provavelmente até forçando uma comparação, mas vejo Tropa de Elite 2 como um Batman - O Cavaleiro das Trevas brasileiro. O primeiro filme foi ótimo e fez muito sucesso, mas o segundo trouxe uma história verdeiramente épica e magnífica, que vai continuar na minha mente por muito tempo.
A ação pode ser menor, mas o filme é muito mais tenso, a cada nova cena, a cada novo acontecimento, o espectador está com o coração na boca. José Padilha definitivamente nos trouxe um dos melhores filmes do ano.
NOTA:
Tropa de Elite 2: 10,0
Um comentário:
no final ai do post, poderia ter um OBS dizendo que eu assisti esse filme com voce no cinema kkkkk
é isso que eu acho.
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